A Justiça recebeu na última terça-feira (03/08) denúncia contra a delegada da Polícia Civil Maria Selma Pereira Lima, Pedro Ivan Matos Damasceno, Carlos Antônio Franco Assis e Claudio Marco Veloso Silva, denunciados pelo Ministério Público estadual na Operação Dublê. A delegada foi denunciada pela prática dos crimes de falsificação de documento público, falsidade ideológica, uso de documento falso, denunciação caluniosa e fraude processual.
Pedro Ivan Matos foi denunciado pela prática dos crimes de furto qualificado, falsificação de documento público, falsidade ideológica, uso de documento falso, adulteração de sinal identificador de veículo automotor, corrupção ativa, denunciação caluniosa e posse ilegal de arma de fogo. E Carlos Antônio Franco pelos crimes de furto qualificado e denunciação caluniosa; e, por fim, Claudio Marco Veloso foi denunciado pelo crime de usurpação de função pública.
Deflagrada no dia 7 de julho, a Operação Dublê investigou a existência de grupo criminoso especializado na prática de delitos de furtos, roubos e clonagem de veículos, cujo líder mantinha relação próxima e duradoura com a delegada. Segundo consta na denúncia, a delegada se utilizava das prerrogativas do cargo e da influência que gozava na Polícia Civil para garantir a impunidade do grupo criminoso e facilitar a execução e proveito dos crimes.
Os promotores de Justiça apontaram que o líder do grupo já tinha histórico criminal na prática de furtos, roubos, receptação e clonagem de veículos automotores e, ainda assim, conservava um forte relacionamento com a delegada. A denúncia afirma ainda que a delegada chegou a falsificar documentos de terceiros, para possibilitar a devolução ilegal de um carro clonado apreendido pela polícia com membros da quadrilha, além de ter introduzido uma pessoa ligada ao grupo criminoso no ambiente da Polícia, acompanhando-a, como se fosse policial, portando armas e auxiliando-a nas ações de favorecimento ao grupo criminoso.
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