Computadores, celulares e documentos são apreendidos pela Operação Panaceia

Redator: George Brito (DRT-BA 2927)
 
Computadores, pendrives, celulares e documentos foram apreendidos durante a deflagração da operação Panaceia, hoje, dia 21. Todos os 12 mandados de busca e apreensão foram cumpridos. O material apreendido servirá como prova para a conclusão das investigações. O inquérito policial deve ser finalizado em 30 dias e depois enviado ao Ministério Público estadual, para ajuizamento da ação penal.  Deflagrada pelo MP, Secretaria da Fazenda do Estado da Bahia (Sefaz), Polícia Civil e Receita Federal, a operação desarticulou grupo investigado por sonegar mais de R$ 39 milhões, por meio da criação de empresas em nome de “laranjas”. Conforme informações da Força-Tarefa responsável pela operação, o esquema de sonegação, que também envolveria lavagem de dinheiro, existia há pelo menos desde 2010, iniciando com a empresa Millenium Farma Distribuidora de Medicamentos Ltda. A pedido da Força-Tarefa, a Justiça bloqueou R$ 14 milhões do grupo. As informações foram prestadas durante coletiva virtual de imprensa, realizada nesta manhã.
 
 

O promotor de Justiça Cláudio Jenner, do Grupo Atuação Especial de Combate à Sonegação Fiscal do MP (Gaesf),  destacou o resultado positivo da operação para andamento das investigações, já que o material apreendido enrobustece o inquérito policial que subsidiará o MP para futuro oferecimento da denúncia contra os investigados. A investigação contou com a colaboração da Coordenadoria de Segurança Institucional e Inteligência (CSI) do MP. Jenner ressaltou também que esse tipo de operação, promovida por meio do trabalho do Comitê Interistitucional de Recuperação de Ativos (Cira), combate crimes que não podem ficar impunes, pois desviam recursos de políticas e serviços públicos essenciais à população.

Ele explicou que o grupo empresarial investigado criou uma série de empresas  em nome de ‘laranjas, depois sistematicamente abandonadas que iam deixando débitos fiscais. “Com o dinheiro sonegado, eram criadas novas empresas, e o esquema seguia”, afirmou. A inspetora fazendária da Sefaz, Sheilla Meirelles, informou que a investigação teve início a partir da identificação de fraude iscal da Millenium Farma Distribuidora,  notifica ao MP. As investigações foram seguindo o rastro societário das empresas em nomes de pessoas sem condições econômicas de ter a participação societária registrada. A delegada da Delegacia de Crime Econômicos e Contra a Administração Pública (Dececap), Márcia Pereira, destacou a quantidade significativa de documentos apreendidos, que agora serão analisados, e o auditor-fiscal da Receita Federal, Flávio Macário, afirmou que ele contribuirá para a identificação de rombos fiscais no âmbito federal. 

 

A operação Panaceia é uma iniciativa da Força-Tarefa de Combate à Sonegação Fiscal, composta pelo Grupo de Atuação Especial de Combate à Sonegação Fiscal do MP (Gaesf); Inspetoria Fazendária de Investigação e Pesquisa (Infip), da Sefaz; Coordenação Especializada de Combate à Corrupção e Lavagem de Dinheiro (Ceccor), da Polícia Civil da Bahia, da Secretaria de Segurança Pública (SSP), com a participação da Receita Federal.

 

Fotos: Humberto FIlho (Cecom Imprensa MPBA) 

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